sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

RESENHA: Tudo Aquilo Que Nunca Foi Dito

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Nome: Tudo Aquilo Que Nunca Foi Dito
Autor: Marc Levy
Editora: Suma de Letras
Páginas: 244
Links: Skoob
Comparando preços: por R$25,42 na Cia dos Livros

Sinopse: Com mais de 23 milhões de livros vendidos e traduzidos em 42 línguas, o autor francês mais lido no mundo, Marc Levy, volta a cativar os leitores em seu oitavo livro. Em Tudo Aquilo Que Nunca Foi Dito, Marc Levy aborda a relação conflituosa entre um pai e uma filha. Poucos dias antes do seu casamento, Julia recebe um telefonema do secretário de seu pai. Como ela já tinha previsto, Anthony Walsh - empresário brilhante, mas pai distante - não poderá comparecer à cerimônia. A ausência de seu pai em momentos importantes de sua vida da filha não é novidade para Julia. Mas pela primeira vez, a personagem tem que reconhecer que ele tem uma boa desculpa: Anthony Walsh morreu. A ironia amarga da situação, com Julia forçada a adiar o casamento para enterrar o pai, faz aquela parecer mais uma das peças pregadas pelo destino na difícil relação entre os dois. Mas, no dia seguinte ao funeral, ela descobre, na forma de um enorme pacote deixado na porta de sua casa, que aquela não tinha sido a última surpresa de seu pai - e parte na viagem mais extraordinária de sua vida, uma oportunidade para que os dois digam um ao outro, enfim, tudo aquilo que nunca foi dito. 


Minha relação com Tudo Aquilo Que Nunca Foi Dito foi complicada. Comecei a lê-lo por curiosidade e esperava muito, já que Marc Levy é elogiado por muitos blogueiros. Realmente, o livro não me decepcionou, mas muitos obstáculos quase fizeram que eu desistisse da leitura.
O livro se passa ao redor de Julia, uma mulher com seus 30 e poucos anos que tem tudo o que sempre desejou: sucesso na carreira em que escolheu, um noivo devotado e um melhor amigo gay que está sempre disposto a ajudá-la. Seu casamento estava próximo, e tudo parecia perfeito para alguém de sua idade, exceto pela relação conturbada com o pai, Anthony Walsh, um acionista que passou o maior tempo de sua vida em cidades pelo mundo, sem a filha ao lado. Ainda adolescente, Julia teve que se acostumar com a solidão de uma casa sem carinho, já que a mãe sucumbira à loucura e falecera pouco depois disso.
Com a data do casamento próxima, Julia e Stanley, seu melhor amigo, corriam para preparar tudo. Um convite fora enviado ao pai, mas nenhuma resposta foi obtida, até que o secretário de Anthony liga para a filha do homem, com uma desculpa de que ele não poderia ir. "Não fará falta", pensou Julia, até que Wallace lhe explicou o motivo.

- E aí? - perguntou Stanley, impaciente. - Ele vai?
Julia balançou a cabeça, dizendo que não.
- E qual foi o pretexto dessa vez para justificar a ausência?
Julia respirou fundo e olhou para Stanley.
- Morreu!
(Página 13)

A partir daí, a vida de Julia vira de cabeça para baixo. Não bastasse descobrir por telefone que o pai havia acabado de morrer, outra notícia destrói de vez seus planos: o enterro do pai aconteceria no próximo sábado, justamente o dia de seu casamento com Adam. Irritada, cancela o casamento para passar um último momento com o corpo do homem mais ausente de sua vida. Porém, ao chegar em casa, descobre uma caixa no meio de sua sala com a surpresa mais estranha de sua vida: uma cópia do pai em tamanho natural, com um controle remoto e uma placa escrita "ligue-me". Só então ela descobre que o pai, na verdade, estava lhe dando todos os momentos que nunca tiveram juntos, já que aquele era um robô programado com todas as memórias e feições do antigo Anthony Walsh. Julia não aceitou essa atitude do pai, que escolheu ser ausente enquanto vivo e presente após morrer.
Após muitas discussões entre criador e criatura, o novo Anthony sugere que pai e filha façam uma viagem, para tentar recuperar as vezes em que nunca esteve ao seu lado e criar novas memórias. Seis dias, é tudo que ele pede, e Julia se sente obrigada a ceder. Tudo em sua vida parecia estar bagunçado, e uma viagem seria a desculpa perfeita para descansar um pouco. Mas, para atrapalhar ainda mais seus planos, um fantasma do passado volta a assombrá-la, e uma antiga paixão de adolescente volta a apertar seu peito.
Marc Levy é um autor único, que tem suas características marcantes e personagens peculiares. Sua escrita é maravilhosa, mas me incomodei com a quantidade de diálogos e pouca descrição dos cenários. A história também ocorre aos poucos, e isso fez com que eu empacasse na leitura do livro. Levei duas semanas para lê-lo por completo, quando podia ter lido-o em uma tarde. Sei que foi para dar profundidade à história, mas não consigo gostar de livros lentos. Apesar disso tudo, me identifiquei muito com alguns personagens, e aprendi a amá-los com o passar das páginas. É uma pena que eu só tenha sido conquistado a partir da página 150, quando os enredos já estavam se desenrolando. Se tivesse acontecido mais cedo, com certeza eu teria curtido mais.
Em relação à edição, só tenho elogios. A capa é simples e retrata muito do que o livro quer nos mostrar. Não encontrei erros de português durante a leitura, e as páginas brancas não me desanimaram dessa vez. A fonte utilizada não foi pequena, então não tive nenhum problema com a cor das páginas.
Cheio de reflexões e pensamentos que nos negamos a ter, Tudo Aquilo Que Nunca Foi Dito é um livro perigoso. Caso você seja um amante de romances, é mais do que recomendado. Se não se encaixar neste grupo, sinto muito, mas vá com calma ao lê-lo. Muitas mensagens podem passar em branco se não nos aprofundamos na leitura, e isso é como ler em vão. A história pode demorar a te encontrar, mas não desista dela nas primeiras páginas. Aposto que Julia, Anthony ou qualquer outro personagem vai te conquistar, e isso é algo impagável.

Está vendo - disse, se sentando - é engraçado, a gente encontra um monte de motivos para não amar, medo de sofrer, de ser abandonado um dia. No entanto, amamos a vida, mesmo sabendo que ela vai nos deixar um dia.
(Página 204)

Gabe | 4/5 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

RESENHA: Anjo Mecânico - As Peças Infernais 1

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Nome: Anjo Mecânico - As Peças Infernais 1
Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Páginas: 392
Links: Skoob
Comparando preços: por R$23,95 no Ponto Frio

Sinopse: Anjo mecânico apresenta o mundo que deu origem à série Os Instrumentos Mortais, sucesso de Cassandra Claire. Nesse primeiro volume, que se passa na Londres vitoriana, a protagonista Tessa Gray conhece o mundo dos Caçadores de Sombras quando precisa se mudar de Nova York para a Inglaterra depois da morte da tia. Quando chega para encontrar o irmão Nathaniel, seu único parente vivo, ela descobrirá que é dona de um poder que capaz de despertar uma guerra mortal entre os Nephilim e as máquinas do Magistrado, o novo comandante das forças do submundo. 

Devo começar essa resenha lhes avisando: estou de ressaca literária. Já estamos na terceira semana de janeiro e, infelizmente, só li um livro e meio até então. Finalmente estou mudando essa situação, e Anjo Mecânico é um dos responsáveis por isso.
Assim como em Os Instrumentos Mortais, Cassandra Clare volta com a temática dos Caçadores de Sombras, dessa vez numa Londres vitoriana. A história do livro se passa ao redor de Tessa, uma jovem novaiorquina que, após ver sua tia morrer, vê que não há nada para ela naquela cidade. Seu irmão, que está em Londres, lhe faz uma proposta, chamando-a para morar com ele. Por estar desolada e completamente sozinha, Tessa é obrigada a aceitar.
Ao chegar em Londres, a garota descobre que a cidade só é bonita nos livros que lê, e que foi seduzida para uma armadilha. Seu irmão, Nathaniel, foi sequestrado, e a vida dele está em suas mãos. Por amor ao irmão, Tessa se entrega às Irmãs Sombrias, feiticeiras que são ordenadas a descobrir o porque da garota ser tão especial. Ao fim, descobrem que Tessa é algo jamais visto até então: a jovem é uma Metamorfa, capaz de se transformar em qualquer pessoa, viva ou morta, ao tocar em um único objeto que pertença à mesma.
Tessa começa a ser torturada pelas feiticeiras, que dizem estar lhe ajudando a controlar seus poderes. Após uma sessão de sofrimento, a garota é amarrada à sua cama, e um homem misterioso aparece em seu quarto. Um conto de fadas, se não fosse pelo tratamento rude dele. Logo descobrimos que ele é William Herondale, Caçador de Sombras e dono do maior ego de Londres. Mesmo que não estivesse em seus planos, o guerreiro salva Tessa do cárcere, deixando as Irmãs Sombrias furiosas.
Em meio a tantos acontecimentos, a história steampunk se desenrola com maestria. Autômatos estão sendo criados pelo Magistrado, um homem misterioso que controla o Clube Pandemônio, um lugar feito para Mundanos e seres do Submundo jogarem com suas vidas. Autômatos não deviam preocupar os Caçadores de Sombras, exceto por um motivo: não existem um ou dois deles, mas um exército, feitos para destruí-los, já que não são criaturas divinas ou demoníacas.
Cassandra Clare mais uma vez me deixou boquiaberto. Comecei a ler Anjo Mecânico sem nenhuma perspectiva, e isso foi algo muito bom, já que me surpreendi com o que li. A autora reutilizou a história dos Caçadores de Sombras, mas trouxe um universo completamente novo para seus leitores. Foi como estar lendo um enredo inédito, visto que existe um abismo de diferenças entre Os Instrumentos Mortais e seu prequel, As Peças Infernais. Ambas as séries têm personagens memoráveis, com personalidades cada vez mais interessantes. Adorei conhecer Jessamine, uma Caçadora de Sombras que detesta ser o que é, por ser uma dama e achar errado mulheres lutarem ao lado de homens. Will e Jem também me surpreenderam, apesar do segundo ter me conquistado com mais facilidade. Tive um baque de primeira impressão com Will, já que o personagem é bem parecido com Jace, mas logo vi que se tratavam de pessoas diferentes.
Para a alegria dos fãs, Magnus Bane também dá as caras no livro. Já não bastasse ser um personagem de destaque em Os Instrumentos Mortais, o feiticeiro se mostra o mesmo que conhecemos, fazendo com que eu goste ainda mais dele. A única diferença notável é que, em Anjo Mecânico, Magnus está envolvido com Camille, uma vampira da alta hierarquia Londrina. É importante que os livros de Cassandra sejam lidos na ordem em que estão sendo lançados, já que, assim como Magnus volta em As Peças Infernais, Camille está de volta em Cidade dos Anjos Caídos, quarto livro de Os Instrumentos Mortais. Um leitor que desconhece esse fato pode se encontrar perdido entre as duas histórias.
Quanto à edição, só tenho elogios à Galera. A revisão foi bem feita, não tive problemas com a tradução e a capa, por sua vez, segue o estilo de Os Instrumentos Mortais. Qualquer fã fica feliz em ver que sua série favorita está sendo bem tratada, e agradeço a editora por tanto se importar conosco.
Termino esta resenha recomendando Anjo Mecânico para todos que, assim como eu, se encontram apaixonados pelo universo de Cassandra Clare. Somos transportados para uma Londres dos sonhos, e a autora foi capaz de transmitir cada emoção sentida por seus personagens. Mais uma vez fui surpreendido, e espero que continue assim durante os próximos livros de ambas as séries.

Gabe | 5/5 ♥

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Pipocando: A Escolha Perfeita

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Pipocando é uma coluna que traz recomendações de séries e filmes.


A Escolha Perfeita nos apresenta Beca (Anna Kendrick), uma recém-chegada à Barden University que não vê a hora de sair dali. Seu pai, um dos professores da universidade, insiste que a filha se forme, e Beca não tem escolha: terá que ficar. Diferente das outras garotas, prefere ficar trancada no quarto enquanto remixa suas canções, já que sonha em ser uma DJ famosa. Num de seus passeios pelo campus, conhece duas integrantes do Barden Bellas, um coral composto por meninas que só cantam acapella. Acaba se interessando, mas guarda a curiosidade para si mesma, já que coral nunca esteve em seus planos, até que uma das Bellas a convence de que sua voz é bonita e insiste que ela faça uma audição.
A partir daí é que o filme começa a tomar forma. Conhecemos um pouco mais sobre a Competição de Corais Acapella, e sobre as regras impostas por Aubrey, a abelha rainha do grupo. As Bellas, que antes eram um grupo de garotas gostosas, agora se resume a um bando de esquisitas, como uma viciada em apostas, uma asiática que não consegue falar alto e uma garota que se auto denomina Amy Gorda. Parece o fim do túnel para Aubrey, mas uma Bella nunca desiste antes de tentar. Sendo assim, começam a se preparar para derrotar seus maiores adversários: o grupo rival Treblemakers, formado só por garotos da universidade que são amados por todos os jurados de competições.


A história de A Escolha Perfeita pode não ser a mais original para um musical adolescente, mas seu desenrolar é capaz de conquistar qualquer crítico. Assim como Meninas Malvadas, o filme traz tudo que   seu público alvo busca: sarcasmo, brigas entre garotas e uma ótima trilha sonora. Além disso, posso citar vários quotes do filme que são memoráveis, como o hilário "Eu comi minha gêmea no útero".


Em resumo, A Escolha Perfeita é recomendado para todos, sem exceção de público. É um filme leve, sem um roteiro mirabolante e feito somente para a diversão. Os fãs de Glee já são acostumados com o estilo acapella que o filme traz, e por isso é uma sessão obrigatória para quem é fã da série. Independente de já conhecer ou não o estilo musical do filme, A Escolha Perfeita me conquistou. Seus personagens são incríveis - destaque para Amy Gorda e Lilly -, sua trilha sonora é gostosa de se ouvir e temos várias referências a outras séries e filmes, como o clássico O Clube dos Cinco. Os produtores acertaram em cheio ao juntar tudo que um clichê adolescente deve ter: faculdade e garotas no chuveiro, e você nem vai reparar quando começar a cantar as músicas do filme em versão acapella. É mais do que aca-mendado!

Gabe | 5/5 

sábado, 5 de janeiro de 2013

Quatro Contra Um #3 - Starters

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"Quatro Contra Um" é uma coluna com a proposta de resenhar livros de uma forma descontraida.

Seu mundo mudou para sempre. Callie perdeu os pais quando as guerras de Esporos varreu todas as pessoas entre 20 e 60 anos. Ela e seu irmão mais novo, Tyler, estão se virando, vivendo como desabrigados com seu amigo Michael e lutando contra rebeldes que os matariam por uma bolacha. A única esperança de Callie é Prime Destinations, um lugar perturbado em Berverly Hills que abriga uma misteriosa figura conhecida como o Old Man. Ele aluga adolescentes para alugar seus corpos aos Terminais — idosos que desejam ser jovens novamente. Callie, desesperada pelo dinheiro que os ajudará a sobreviver concorda em ser uma doadora. Mas o neuro chip que colocam em Callie está com defeito e ela acorda na vida de sua locadora, morando em uma mansão, dirigindo seus carros e saindo com o neto de um senador. Parece quase um conto de fadas, até Callie descobrir que sua locatária pretende fazer mais do que se divertir — e que os planos de Prime Destinations são tão diabólicos que Callie nunca podia ter imaginado.


Antes de tudo, eu nem sei que rumo a coluna tomou, porque eu andei meio ocupado e o Gabe nem fez o favor de cobrar de mim, chato define. Qualquer coisa, o cobrem (se tiverem gostado, claro).

Quero dizer que, infelizmente, Starters não tem filme e nem foi confirmado como um, então... Mas só queria falar logo de antemão que eu NECESSITO de filme com esse livro porque gostei bastante. É algo diferente, e o melhor de tudo, quando olhei pra capa do livro ela me deixou cego. PS.: Meu livro está emprestado e faz tempo que li. Qualquer erro, desculpem-me.



Motivo Positivo #1: Diálogos rápidos.
Você gosta de lenga-lenga? ENTÃO ESTÁ LENDO O LIVRO ERRADO, MEU CARO. Isso mesmo o que você ‘ouviu’, ‘Starters’ tem uma linguagem bastante rápida e fácil de compreender. Afinal, a partir do primeiro capítulo, a história te envolve de um jeito incrível. Uma coisa que me esqueci de mencionar: NÃO VÃO PELA SINOPSE! Vi gente desistindo de comprar/ler por conta da sinopse, e por compararem com ‘Jogos Vorazes’. Por favor, é algo totalmente diferente. Numa LA destruída, Starters são os jovens abaixo de 18 anos, e Enders são os idosos. Em Beverly Hills, temos a Prime Destinations, onde o jovem que quiser ser ‘vendido’ para um Ender pode ir ganhar dinheiro com isso (No caso, vender o seu corpo. Que delícia hein, ter um velho controlando seu corpo). E é nesse sentido que nossa protagonista, Callie, toma esta decisão para salvar o seu irmão que está doente. (O engraçado, é que na maior parte do livro, a louca o abandona e ele ainda continua vivo no final).



Motivo Positivo #2: Armas.
Armas, armas! Gente, eu fui ler o livro pensando que ia ter aquelas armas supertecnológicas por conta da época em que o livro se passa, mas nada havia mudado. A única coisa de ‘diferente’ foram os cassetetes elétricos dos policiais, coisa que eu acho que já deve existir. As armas usadas pelos personagens são comuns, como pistolas - isso mesmo, arma de fogo, POW! - A Ender que compra Callie pretende destruir algumas pessoas, por conta do que sua neta sofreu diante de algumas consequências da Prime Destionations, e é uma conspiração atrás da outra na medida em que você está lendo. Algo na implantação do chip-neural dá errado, e Callie consegue ouvir a Ender em seu pensamento sendo ela mesma (oi?). Callie tenta de tudo para impedir a Ender de se matar/fazer algo com o seu corpo, mas aos poucos ela vai se entregando porque entende o ponto de vista da nossa queria Ender.

Motivo Positivo #3: O Velho.
Certamente, como toda história, temos que ter o vilão. E vou te contar, ele não é um Voldemort ou Valentim da vida, mas eu adorei o personagem. Por mais que apareça muito pouco, a ideia é fantástica. Imagina um cara alto, provavelmente magro, sem cara e no lugar da sua cara, fosse multi-faces (mas como assim, ‘multi-faces’?). Vamos lá: digamos que seja um projetor de imagens, e ele pode se transformar em qualquer um, sacou a ideia? Pois é. Ele é o dono da Prime Destinations, e está por trás de toda a conspiração do livro, que eu não vou falar porque quero que vocês leiam.

Motivo Positivo #4: Romance e Conspiração.
A conspiração de Starters é super legal, porque no livro ninguém é o que aparenta ser. A autora vai jogando personagens e pra lá do finalzinho do livro ela faz umas reviravoltas que nem você desconfia, eu comi o livro em alguns dias porque é impossível parar de ler, de tão ágil que ele é. Sem falar que você fica louco da vida para ler o outro capítulo, e por aí já viu né. Dou Graças a Deus por existir autores assim. E quem não gosta de um lindo e bom romance adolescente? Eu gosto, mas em Starters é um pouco diferente. Quando um Ender aluga o corpo de um Starter ele tem algumas restrições. Uma delas é fazer sexo. Callie se apaixona por um garoto rico de sua idade quando o conhece numa balada (ou acha que se apaixona, porque ela gostava do seu amigo que deixou junto com o seu irmão, clichês). Tem umas passagens bem bonitas pelo livro, a cena do primeiro encontro é muito linda por sinal. Mas acontece que... A pessoa pela qual Callie se apaixona não é exatamente esse mar de rosas que aparenta ser, ele é... 
NÃO VOU FALAR PORQUE É SPOILER DE MAIS E ESTRAGA TUDO #oioioi.



Motivo Negativo #1: Batalhas.
O livro é incrível, e é rico em detalhes e a narração da personagem em primeira pessoa é ótima, mas eu senti falta daquelas brigas que duram capítulos e mais capítulos! As coisas em Starters acontecem MUITO rápido, você lê e de repente já é levado para outro ponto para dar continuidade, mas as ‘brigas’ que se passam no livro são, além de leves, bem pequenas. Mas deve ser o ponto do livro, porque acho a conspiração mais importante. Mas poxa... não custava nada dar aquele sangue que todo bom leitor gosta, não é?

Enfim, espero que tenham gostado e na medida do possível, serão umas duas resenhas por mês (creio eu, mas nunca se sabe). Então espero que leiam, e me digam o que acharam. E para os que já leram, qual a opinião de vocês? Loucos para o próximo livro que nem eu? o/

Ray | 4/5

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

RESENHA: Impecáveis - Pretty Little Liars 2

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Nome: Impecáveis - Pretty Little Liars 2
Autora: Sara Shepard
Editora: Rocco
Páginas: 329
Links: Skoob
Comparando preços: por R$17,71 no Ponto Frio

Sinopse: Spencer roubou o namorado de sua irmã. Aria ficou com o coração partido em relação ao seu professor de Inglês. Emily começou a gostar de sua nova amiga Maya. . . tanto quanto de seu amigo. A obsessão de Hanna pela aparência impecável está lhe fazendo mal. E seu segredos mais terríveis ainda é tão escandaloso que a verdade iria arruina-las para sempre.


Impecáveis, segundo livro da série, volta a narrar a vida de Aria, Hanna, Emily e Spencer após a morte de Alison. Para quem acompanha a série de TV, esse é o livro em que novos enredos começam a ser introduzidos, e o principal arco deste volume é A Coisa com a Jenna.
Com segredos cada vez mais sufocantes, cada mentirosa precisa superar os fatos que aconteceram, mas A não tornará nada fácil: Hanna, a garota mais perfeita de Rosewood, começa a se sentir insegura sobre seu passado, perde a melhor amiga, Mona, e está no meio de uma guerra entre seus pais; Emily, cada dia mais indecisa sobre sua sexualidade, se encontra numa amizade perigosa com Toby, um dos acusados de matar Alison; Aria, ainda apaixonada pelo professor de ingles, é atormentada por A para que conte para a mãe sobre o relacionamento do pai com Meredith, acabando com o casamento dos dois e, por fim, Spencer está com dificuldades na escola, além de estar brigada com os pais, com a irmã, Melissa, e estar a fim do namorado da mesma.
Este é o livro que me prendeu em PLL. Apesar de Maldosas ser um ótimo livro, não mostra nada do que já vimos no piloto da série de TV, e Impecáveis nos apresenta personagens novos, situações diferentes e muitos mistérios que ainda não conhecíamos. A escrita de Sara me conquistou ainda mais neste segundo livro, por ser algo simples e, ao mesmo tempo, enigmático. É incrível como a autora consegue implantar pequenas pistas durante a leitura, que são impossíveis de se perceber imediatamente.
Apesar da história de Impecáveis ser ótima, o livro merecia um tratamento mais cuidadoso por parte da editora. Alguns erros na tradução e na revisão tornaram a leitura um pouco esticada, ainda mais pelo livro ter páginas brancas ao invés de amareladas.
Como seu anterior, Impecáveis é mais do que recomendado. Mesmo que a capa assuste alguns garotos, esta não é uma história feminina. O conceito de arte foi muito bem pensado, e não acho que esse seja um motivo para deixar de ler os livros. Sara soube conduzir novamente sua história com maestria e esperteza. Já li o próximo livro, Perfeitas, e posso admitir: me torno cada vez mais dependente das mentiras e de A.

Gabe | 4/5