sexta-feira, 29 de junho de 2012

RESENHA: A Terra das Sombras - A Mediadora 1

9 comentários

Nome: A Terra das Sombras - A Mediadora 1
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Records
Links: Skoob
Comparando preços: Por R$27,81 no Ponto Frio


Sinopse: Suzannah é uma adolescente aparentemente comum que tem um problema com construções antigas. Não é para menos. Afinal, muitas dessas casas velhas são assombradas. E Suzannah é uma mediadora, uma pessoa capaz de ver e falar com fantasmas para ajudá-los a descansar em paz. É claro que esse dom lhe traz muitos problemas. Mas nem ela poderia saber a gravidade do que encontraria ao mudar-se para Califórnia. 


Um garoto lendo Meg Cabot?!
Calma, a princípio eu também fiquei com essa mesma ideia na cabeça. Todos sabemos (ou saberão a partir de agora) que a Meg é uma autora que escreve livros para um público preferencial feminino (tanto é que "A Terra das Sombras" é classificado como ficção para meninas), mas algo na série me chamou a atenção. Agora somem minha curiosidade mais toda a série por R$74,99 no Submarino. Me senti obrigado a comprá-la, ainda mais por só pagar R$25, já que duas amigas pagariam o resto como meu presente de aniversário.
Pois bem, deixei os livros guardados por um tempão. Como foi meu primeiro livro escrito pela Meg, tive medo de sua escrita ser muito feminina e A Mediadora acabar se tornando um chick lit de suspense. Me decepcionei amargamente pela minha decisão de ficar adiando a leitura de A Terra das Sombras, porque li ele com muita rapidez e deixei todos meus receios de lado.
O ponto mais forte do livro é, com toda certeza, sua protagonista. Suze foge de todos os estereótipos impostos pelos YA de como uma garota deve ser, mesmo que suas atitudes sejam típicas de uma adolescente.


"Tenho de reconhecer que às vezes prefiro a companhia dos mortos à companhia dos colegas. Gente de 16 anos pode ser mesmo assustadora." - Página 84


O romance está em toda a história, mas como um pano de fundo. Talvez isso possa ser explorado nos próximos livros, mas ainda não os li para ter certeza.
É incrível como a autora conseguiu me conquistar tão rapidamente. Eu mal havia passado do terceiro capítulo e já queria devorar as páginas seguintes, pensando até em virar madrugadas lendo-o. Os personagens, o enredo e as menções ao Brasil (muito engraçadas, por sinal) são um prato cheio para aqueles que gostam de uma ficção leve, que é capaz de transmitir tensão em uma página e arrancar risadas na outra.
Já posso me considerar fã da Meg e mal posso esperar para ler outros livros da autora. A Mediadora não é uma série atual, mas sua leitura vale muito a pena. Afinal, quem disse que livro tem idade?


quarta-feira, 27 de junho de 2012

Pipocando: Branca de Neve e o Caçador

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Pipocando é uma coluna semanal escrita por Lorena Rodrigues, que traz recomendações de séries e filmes.




Um rei viúvo se apaixonou por uma linda camponesa chamada Ravenna, sem saber que aquele belo rosto ocultava assombrosos segredos. Tudo que Ravenna quer é se vingar daqueles que destruíram sua família, e  ela sabe que, com sua beleza, pode conseguir o que quiser, de quem quiser. Depois do casamento, todos os seus planos são revelados: matar o rei e ficar com tudo o que era seu. E ela consegue. Branca de Neve, a filha do rei, foi poupada da morte, mas a rainha lhe aprisionou por 10 anos até que a garota se tornasse uma linda princesa. Ao conseguir fugir de onde estava aprisionada, todos os servos da rainha foram à procura da enteada, porque sabiam que o coração de Branca de Neve dava à  Ravenna imortalidade. E como a rainha era sedenta por sua beleza e juventude, vai a todos os lugares possíveis para encontrar a menina. Ao saber que a garota está na Floresta Sombria, a rainha chama um caçador para achá-la e, em troca, promete lhe trazer sua mulher assassinada que ele sempre amou.
Branca de Neve e o Caçador é a segunda versão do conto dos irmãos Grimm adaptada para as telas, seguido apenas por "Espelho, Espelho Meu".
Com um toque mais sombrio, eu gostei mais de Branca de Neve e o Caçador. Ouvi várias críticas ruins ao filme, principalmente pela atriz que dá vida ao papel principal da Branca de Neve, Kristen Stewart. Particularmente, eu achei que ela interpretou o papel brilhantemente bem. Charlize Theron, a rainha Ravenna, foi a que mais me impressionou, Charlize foi feita para o papel! Meu Deus, muito perfeita. Chris Hemsworth deu vida a um brilhante caçador, que nos contos originais, não tinha tanta importância.  
O final do filme ficou meio que incompleto. Foi revelado que será uma série, tanto de livros, quanto de filmes. Aguardo mais informações para contar para vocês.
Tre uma folga e vá assistir Branca de Neve e o Caçador. Na minha opinião, vale muito a pena.




Diretor: Rupert Sanders
Elenco: Kristen Stewart, Chris Hemsworth, Charlize Theron.
Produção: Sam Mercer, Palak Patel, Joe Roth
Roteiro: Hossein Amini, Evan Daugherty
Fotografia: Greig Fraser
Duração: 129 min.
Ano: 2012
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Roth Films / Universal Pictures
Classificação: 12 anos



segunda-feira, 25 de junho de 2012

RESENHA: Morto Até o Anoitecer

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Nome: Morto Até O Anoitecer
Autora: Charlaine Harris
Editora: Ediouro
Páginas: 316
Links: Skoob
Comparando Preços: Por R$30,51 no  Extra

Sinopse: Esqueça tudo o que você já ouviu sobre vampiros. Os mortos-vivos ganharam o direito de existir legalmente. O vampiro Bill Compton está disposto a tudo para se estabelecer em sua cidade natal. O que ele não contava era com uma série de assassinatos inexplicáveis, a desconfiança dos moradores locais e o envolvimento com uma bela - e teimosa - garçonete telepata.


Interessei-me em ler o livro quando terminei de ver a primeira temporada de True Blood. Achei a série magnifica e quando descobri que havia os livros, eu enlouqueci e fui correndo comprar o primeiro livro da série: Morto Até o Anoitecer. Nessa época, eu estava completamente viciada em qualquer história com vampiros (confesso que isso aconteceu depois de ter lido Crepúsculo!), então foi muito prazeroso ler o livro da Charlaine Harris. A série de TV não é muito diferente do livro, mas ler o livro com todos os detalhes é uma sensação completamente diferente.


"Esperei pelo vampiro durante anos, até que, um dia, ele entrou no bar.
Desde que os vampiros começaram a “sair do caixão” (como se dizia, por gozação) quatro anos atrás, eu tinha a esperança de que algum deles aparecesse em Bom Temps. Tínhamos todas as minorias em nossa cidadezinha – por que não teríamos a mais nova, os mortos-vivos agora legalmente reconhecidos?" - Página 7



Falando dos personagens, simpatizei bastante com a Sookie, apesar de não gostar das decisões dela. Gostei da história da personagem, achei interessante o poder dela de ler mentes e confesso que eu amo o trabalho de garçonete dela, mas um personagem que me fez torcer o nariz foi o Bill, pois não achei ele nada interessante. Na verdade, lhe achei chato - e continuo não gostando dele nos outros livros -.  Quando o Eric Northman apareceu, eu soube qual seria o meu personagem favorito. As vezes fico pensando se sou a única pessoa que prefere os vilões, porque em quase todos os livros que leio, sempre me interesso mais pelos malvados. Eric é um daqueles personagens que você se apaixona imediatamente, porque o jeito dele é totalmente cativante. Com certeza é o personagem masculino que eu mais gosto em toda a literatura.
O que mais me faz gostar da série de livros é o jeito como a Charlaine escreve a história. Em nenhum momento ela te faz ficar entediado, muito pelo contrário, cada página que eu terminava, mais ansiosa eu ficava para ler o resto. Adoro o fato dos vampiros não precisarem se esconder completamente dos humanos, saírem só de noite e tomarem sangue de garrafinha (bem que eu gostaria de ter uma garrafinha dessa de TruBlood).
Sempre que alguém pede a recomendação de algum livro, eu recomendo Morto Até o Anoitecer e o restante da série, que também é maravilhosa. Já estou no 9º livro e quanto mais perto do final fica, mais medo eu tenho de acabar logo.


sexta-feira, 22 de junho de 2012

RESENHA: Caçadores de Bruxas - Dragões de Éter 1

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Nome: Caçadores de Bruxas - Dragões de Éter 1
Autor: Raphael Draccon
Editora: Leya
Páginas: 440
Links: Skoob
Comparando preços: Por R$37,90 no Shoptime ou o box da trilogia por R$35,90 no Submarino

Simopse: Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltam contra as antigas raças. E assim nasce a Era Antiga. Essa influência e esse temor sobre a humanidade só têm fim quando Primo Branford, o filho de um moleiro, reúne o que são hoje os heróis mais conhecidos do mundo e lidera a histórica e violenta Caçada de Bruxas. Primo Branford é hoje o Rei de Arzallum, e por 20 anos saboreia, satisfeito, a Paz. Nos últimos anos, entretanto, coisas estranhas começam a acontecer... Uma menina vê a própria avó ser devorada por um lobo marcado com magia negra. Dois irmãos comem estilhaços de vidro como se fossem passas silvestres e bebem água barrenta como se fosse suco, envolvidos pela magia escura de uma antiga bruxa canibal. O navio do mercenário mais sanguinário do mundo, o mesmo que acreditavam já estar morto e esquecido, retorna dos mares com um obscuro e ainda pior sucessor. E duas sociedades criminosas entram em guerra, dando início a uma intriga que irá mexer em profundos e tristes mistérios da família real. E mudará o mundo.



Vou ser sincero: comecei a ler Caçadores de Bruxas sem nenhuma expectativa. Já havia lido alguns comentários elogiando o livro, o autor, mas eu estava inseguro. Inseguro por abordar um tema que a princípio parece bobo, mas principalmente por ser de um autor nacional!
Sim, eu me odeio por ter esse certo preconceito, mas acho que todos já tivemos um dia. Me senti estúpido ao terminar o livro e tê-lo julgado anteriormente por ser feito por um brasileiro, como eu e talvez você. As palavras nas mãos de Raphael Draccon (guardem esse nome) viram obras de arte elaboradas, poesias que se entrelaçam e enchem nossos olhos e corações com tensão e com a vontade de que tudo dê certo. Sem dúvidas, é um dos melhores livros que já li e recomendo para quem quer ler um bom livro nacional.
Pude notar alguns vícios na escrita do autor, como a palavra “maldito”, mas nada que atrapalhe a leitura. Ah, e não se irritem por encontrarem algumas histórias jogadas sem nexo no meio de momentos importantes. Raphael nunca cria algo simplesmente por criar, e num futuro aquela cena terá um significado gigante. Nada é desperdiçado, e você ainda verá detalhes na página 400 que foram contados na página 100.
O livro é narrado em uma época medieval, então você já sabe o que esperar: muitas mortes. E mortes que te deixam com o coração sangrando à ponto de querer entrar em Nova Ether e impedir que aquilo aconteça. É mais uma prova de que Raphael consegue nos transportar para um mundo completamente diferente do nosso.
Embora tenha algumas partes pesadas, o livro não é todo tristeza. Alguns personagens nos arrancam gargalhadas em momentos de tensão, como Ariane e João. A amizade dos dois é quase tão bonita como o romance de Maria e Axel, ela plebeia e ele príncipe.


“Mal sabia ela que os escritores costumavam sofrer na pele muito do que escreviam, e por isso o descreviam tão bem.” – Página 106.



E caso você comece a ler achando que o livro é sobre guerreiros montados em dragões, é melhor tirar o cavalinho da chuva. Na verdade, a única referência aos dragões que achei foi Thuany, a águia-dragão de Axel, que o acompanha e o protege.
Dragões de Éter é de longe uma obra de arte, digna dos mais ensurdecedores aplausos. Tem tudo que uma história precisa para conquistar seu público: uma escrita maravilhosa, personagens cativantes e tensão do início ao fim. “Caçadores de Bruxas” é o primeiro livro de uma trilogia, que já tenho e mal espero para devorar os seguintes!



quarta-feira, 20 de junho de 2012

Pipocando: House M.D

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Pipocando é uma coluna semanal escrita por Lorena Rodrigues, que traz recomendações de séries e filmes.


"House M.D" foi uma série médica exibida pela FOX e que mostra a vida de Gregory House, um médico que consegue junto de sua equipe, descobrir as doenças mais estranhas possíveis. Hugh Laurie interpreta o papel do médico perfeitamente bem.
O ponto forte do seriado é o modo como House trata seus pacientes. O médico não mantém contato com eles, só em casos extremos. Mas, vendo a série, pude perceber que House é apenas um incompreendido e que, de certa forma, se acha superior aos outros por seu modo de pensar. Agindo de forma curta, grossa, sarcástica e irônica, a série nos leva para dentro do mundo médico de uma forma brilhante, onde ficamos cada vez mais curiosos.
Outro ponto forte é que, geralmente, os episódios não são ligados entre si. Você pode sentar em frente à TV, assistir episódios aleatórios e mesmo assim vai entender a história. Cada episódio tenta mostrar um caso diferente, e por isso a série conseguiu ter 8 temporadas. É uma pena que tenha sido cancelada, já que os fãs vão sentir falta de Gregory House e de sua equipe médica.


Uma dica para quem tem preguiça de baixar ou não pode comprar os boxes: a Universal (canal de TV pago) ainda exibe a série, e faz maratonas com episódios aleatórios. É uma ótima oportunidade para ver e rever alguns dos melhores episódios.


segunda-feira, 18 de junho de 2012

RESENHA: Percy Jackson e o Ladrão de Raios

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Nome: Percy Jackson e o Ladrão de Raios.
Autor: Rick Riordan.
Editora: Intrínseca
Páginas: 400
Links: Skoob
Comparando preços: por R$18,33 na Saraiva

Sinopse: Primeiro volume da saga Percy Jackson e os olimpianos, O ladrão de raios esteve entre os primeiros lugares na lista das séries mais vendidas do The New York Times. O autor conjuga lendas da mitologia grega com aventuras no século XXI. Nelas, os deuses do Olimpo continuam vivos, ainda se apaixonam por mortais e geram filhos metade deuses, metade humanos, como os heróis da Grécia antiga. Marcados pelo destino, eles dificilmente passam da adolescência. Poucos conseguem descobrir sua identidade.  O garoto-problema Percy Jackson é um deles. Tem experiências estranhas em que deuses e monstros mitológicos parecem saltar das páginas dos livros direto para a sua vida. Pior que isso: algumas dessas criaturas estão bastante irritadas. Um artefato precioso foi roubado do Monte Olimpo e Percy é o principal suspeito. Para restaurar a paz, ele e seus amigos - jovens heróis modernos - terão de fazer mais do que capturar o verdadeiro ladrão: precisam elucidar uma traição mais ameaçadora que a fúria dos deuses.


Antes de ver o filme “Percy Jackson e o Ladrão de Raios”, não tive interesse nenhum em ler o livro. Aliás, eu não sabia muito sobre o livro ou a história, só assisti ao filme porque a capa me chamou atenção.
Depois de ver o filme, resolvi que iria ler o livro, mas minha lista de livros já estava enorme e fui obrigada a deixá-lo no final. Então, minha tia me deu todos os livros de presente. Comecei a ler o Ladrão de Raios no mesmo dia e logo me apaixonei. Digamos que eu tenha um interesse enorme por mitologia, e ver isso num livro me deixou muito animada.
Lembro que o primeiro personagem que me conquistou foi o Grover, e gostei muito da relação dele com o Percy. Depois veio a Annabeth, e ela foi para a minha lista de “personagens femininas favoritas”, porque ela é uma personagem que não me deixou entediada. O Percy foi um personagem que me conquistou meio devagar, porque meu interesse nele aumentou mais quando ele foi reclamado como filho de Poseidon  (suponhamos que eu goste muito do Deus do mar).


"Eu trouxe para você um destino de herói, e um destino de herói nunca é feliz. Não passa de um destino trágico"
Página 356.


Gostei muito de quando Percy, Annabeth e Grover saem do acampamento, porque Rick Riordan soube como escrever sem deixar você entediado ou pensando “Ah! Era óbvio!”. Ao contrário disso, a única coisa que eu conseguia pensar era “Wow”.
E, no final, quando descobrem o que realmente havia acontecido, é surpreendente porque envolveu um dos personagens que mais gostei (e que só vou poder falar dele futuramente).
"Percy Jackson e o Ladrão de Raios" foi uma leitura muito prazerosa para mim e recomendo à todos que, assim como eu, se encantam por outras mitologias. Estou lendo "A Maldição do Titã" e não me arrependo de tê-los passado à frente na minha lista de livros.


sexta-feira, 15 de junho de 2012

RESENHA: Para Sempre

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Nome: Para Sempre
Autores: Kim e Krickitt Carpenter
Editora: Novo Conceito
Páginas: 144
Links: Skoob
Comparando preços: por R$15,75 no Walmart

Sinopse: A vida que Kim e Krickitt Carpenter conheciam mudou completamente no dia 24 de novembro de 1993, dois meses após o seu casamento, quando a traseira do seu carro foi atingida por uma caminhonete que transitava em alta velocidade. Um ferimento sério na cabeça deixou Krickitt em coma por várias semanas. Quando finalmente despertou, parte da sua memória estava comprometida e ela não conseguia se lembrar de seu marido. Ela não fazia a menor ideia de quem ele era. Essencialmente, a "Krickitt" com quem Kim havia se casado morreu no acidente, e naquele momento ele precisava reconquistar a mulher que amava.



Confesso que comprei Para Sempre sem saber do que se tratava, mas tinha lido algumas resenhas positivas na época e fiquei animado com isso. Todas falavam que o livro era uma narrativa bonita sobre superação e um belo romance. Não mentiram, mas também não economizaram elogios. Porém, dias depois de compra-lo, um turbilhão de resenhas negativas foi aparecendo. Achei algumas maldosas, mas depois de ler o livro, vi que os resenhistas estavam apenas sendo sinceros.
Encarei-o como uma biografia e não como um romance, e acho que esse foi um dos meus erros. Biografia nunca foi um gênero com o qual eu me identificasse, e eu poderia ter curtido mais a leitura se tivesse lido com a ideia de um romance em minha cabeça.
Um dos muitos pontos negativos é a narrativa acelerada. Kim e Krickitt não detalharam os fatos, e alguns trechos chegaram a ser caricatos. Tornou-se algo previsível e repetitivo, do tipo que você vira a página já sabe o que esperar.
Já a religião é um dos pontos fortes do livro. Foi tratada sem estereótipos, servindo apenas de apoio para os personagens. Não sou uma pessoa religiosa e mesmo assim achei bonita a fé que foi retratada na história.


"- O cristianismo de Krickitt está no centro dela, Kim. É uma parte da alma dela. A alma não pode ser afetada por qualquer ferimento, porque é imortal. Sua fé sempre vai estar viva. Está viva agora."
Página 82.


O livro é pequeno, e suas 144 páginas podem ser lidas numa só tarde. A Novo Conceito arrasou na diagramação das páginas, e todas tem um cuidado especial. A capa também é linda e mostra os protagonistas da adaptação para o cinema. Certamente é uma armadilha para os leitores que julgam um livro pela capa.
Os autores souberam posicionar muito bem lições valiosas sobre superação e amor, mas não foi uma leitura da qual eu tenha gostado. 
Não é um livro que eu recomende, mas é uma questão de opinião. Alguns blogueiros adoraram a história, então aqui vai minha dica: leia outras resenhas e, se gostar delas, arrisque-se a comprá-lo. Só não tenha grandes expectativas, leia sabendo que é só um passatempo e não algo que você levará para o resto da vida, ou melhor, Para Sempre.


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Pipocando Livros: O Preço do Amanhã

7 comentários

Pipocando livros é uma coluna semanal escrita por Lorena Rodrigues, que traz séries e filmes adaptados para as telinhas e telonas.


O Preço do Amanhã é um filme que não é baseado em nenhum livro, e sim em uma ideia brilhante de uma mente ainda mais brilhante.
Num país onde a globalização governa, o tempo é seu maior inimigo. Em O Preço do Amanhã, a moeda é o tempo, sim, o tempo. As pessoas se desenvolvem normalmente até os 25 anos, com mais um ano de cortesia, e após disso precisam trabalhar para viver, literalmente. Ao invés de trabalho por dinheiro, você trabalha por mais tempo de vida. A humanidade é dividida de uma forma até cruel entre a classe rica e a pobre. A população rica é considerada imortal, pois sempre explora a outra parte das pessoas. Como resultado, acumularam mais tempo de vida.
O filme é muito bom mesmo, recomendo. É daqueles raros que te prendem, e a sede por informações fica tão grande que o filme acabou e eu queria mais.
É estrelado por Amanda Seyfried e Justin Timberlake, que fazem seus papeis brilhantemente bem.
Tire um tempo da sua corrida rotina e assista, não vai se arrepender.


Diretor: Andrew Niccol
Elenco: Justin Timberlake e Amanda Seyfried nos papéis principais.
Produção: Mark Abraham, Eric Newman, Andrew Niccol
Roteiro: Andrew Niccol
Fotografia: Roger Deakins
Trilha Sonora: Craig Armstrong
Duração: 112 min.
Ano: 2011
País: Estados Unidos
Gênero: Ficção Científica
Cor: Colorido
Distribuidora: 20th Century Fox
Estúdio: New Regency Pictures / Strike Entertainment / Regency Enterprises
Classificação: 12 anos


terça-feira, 12 de junho de 2012

Novo layout do blog!

6 comentários
Vocês devem ter percebido que ontem (segunda 11) o blog não teve postagem, e isso se deve a dois motivos: a Thaís teve um problema com seu notebook e não pode entrar ontem para postar sua resenha. Imprevistos acontecem, e pedimos que entendam. O segundo motivo foi que eu, Gabriel, estava trabalhando num novo layout para o blog, já que estávamos usando um temporário, do próprio Blogger.
O novo layout do blog está mais divertido, e visualmente mais bonito e agradável aos olhos. Aos poucos vamos atualizar as páginas, redes sociais e tudo que ficou pendente. Esperamos que tenham gostado do novo design do Desejos, e que voltem sempre para conferir nossas postagens.

Gostou do novo layout? Preferia o anterior? Deixa um comentário para que possamos ver no que podemos melhorar!


sexta-feira, 8 de junho de 2012

RESENHA: Cidade dos Ossos

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Nome: Cidade dos Ossos - Os Instrumentos Mortais 1
Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Records
Links: Skoob
Comparando preços: por R$28,90 no Ponto Frio

Sinopse: Um mundo oculto está prestes a ser revelado... Quando Clary decide ir a Nova York se divertir numa discoteca, nunca poderia imaginar que testemunharia um assassinato - muito menos um assassinato cometido por três adolescentes cobertos por tatuagens enigmáticas e brandindo armas bizarras. Clary sabe que deve chamar a polícia, mas é difícil explicar um assassinato quando o corpo desaparece e os assassinos são invisíveis para todos, menos para ela. Tão surpresa quanto assustada, Clary aceita ouvir o que os jovens têm a dizer... Uma tribo de guerreiros secreta dedicada a libertar a terra de demônios, os Caçadores das Sombras têm uma missão em nosso mundo, e Clary pode já estar mais envolvida na história do que gostaria. 


Cassandra Clare é muito louca!
“Cidade dos Ossos” foi, sem dúvida alguma, um dos livros mais intensos que já li. Comecei a lê-lo sem expectativas, mal sabia sobre a história, mas algo me encantava no que eu tinha ouvido falar. Depois de ler muitas resenhas e ver alguns vídeos sobre a saga, decidi comprar os três primeiros livros de Os Instrumentos Mortais e não me arrependo. A autora conseguiu juntar anjos, demônios, lobos, vampiros, fadas e feiticeiros na mesma história e mesmo assim não se perdeu em nenhum momento.
Numa noite qualquer, Clary e seu melhor amigo, Simon vão para uma balada em Nova York, chamada Pandemônio. Tudo parecia completamente normal: pessoas dançavam, suavam, se beijavam, mas Clary viu e sentiu uma movimentação estranha se direcionando à um local escondido da boate. A garota acaba entrando numa espécie de galpão e testemunha um assassinato, cometido por pessoas que só ela era capaz de ver. Dias depois, acaba tendo uma discussão com a mãe e novamente encontra um dos assassinos que viu no Pandemônio, e que só ela via. Assim, descobre que o nome do garoto é Jace.
A principio, não gostei muito de Jace. Ele tem um ego inflado, respostas na ponta da língua e age como um completo babaca, mas minha opinião mudou muito quando cheguei na metade do livro, já que é compreensível que ele seja assim: aos 10 anos de idade, teve de ver o pai morrer e se mudou para a casa de estranhos.


“- O sarcasmo é o refúgio dos fracos – Clary disse a Jace.
- Não consigo evitar. Uso minha sagacidade para esconder minha dor interna.”
Página 169.


Com Clary foi semelhante, mas acabei gostando dela antes do que imaginava. A personagem foi bem construída, mas é irritante como a autora faz questão de sempre afirmar que Clary é uma menina diferente, que gosta de mangás e desenha. Algumas atitudes da garota também  foram bem questionáveis, do tipo que você sente vontade de entrar no livro e dar uns tabefes na cara dela.


“- Olha quem fala de egoísmo – ela sibilou tão perfidamente que ele deu um passo para trás. – Você não se importa com ninguém além de você, Alec Lightwood. Não é a toa que você não matou demônio algum, você é medroso demais.
Alec pareceu espantado.
- Quem disse isso?
- Jace.
Ele parecia ter levado um tapa na cara.
- Não. Ele não diria isso.
- Ele disse – ela podia ver o quanto o estava machucando, e se sentiu feliz com isso. Mais alguém tinha que sofrer, só para variar um pouco.”
Páginas 288 e 289.


Diferente de @mor, os personagens secundários de Cidade dos Ossos não me encantaram. É como se a autora tivesse se esforçado demais na construção dos principais e esquecido de todos os outros que ajudam a história a andar. Um dos pontos negativos do livro é esse: a falta de carisma das outras espécies que não sejam nephilins.
O sarcasmo é uma das melhores coisas do livro, e 100% desse artifício é usado por Jace. Ele é o único personagem que me fez rir em momentos de tensão. Sua implicância com Simon é algo infantil, beirando ao cômico.


“- Você não tem carteira de motorista e carro? – Alec perguntou a Clary, olhando para ela com ódio mascarado – Pensei que todos os mundanos tinham essas coisas.
- Não com 15 anos. [...]  Pelo menos meus amigos podem dirigir. Simon tem carteira, mas ele não tem carro.
- Mas ele dirige o carro dos pais? – perguntou Jace.
Clary suspirou, encostando-se na mesa.
- Não. Geralmente ele dirige a van do Eric. Para shows e coisas do tipo. Às vezes o Eric empresta para outros fins. Se ele tiver um encontro com alguma garota, por exemplo.
Jace riu desdenhosamente.
- Ele busca garotas de van? Não é à toa que faz tanto sucesso com elas.
- É um carro – corrigiu Clary. – Você só está com raiva porque ele tem algo que você não tem.
- Ele tem várias coisas que eu não tenho. Miopia, falta de postura e uma falta de coordenação assustadora.”
Página 318.


Me decepcionei um pouco não com a história, mas com os erros na tradução e na supervisão dos textos. Algumas frases tem palavras faltando, faltam travessões e algumas aspas não tem fim. São pequenos detalhes, mas que te fazem diminuir o ritmo da leitura. Fora isso, recomendo muito Cidade dos Ossos. Foi uma leitura gostosa para mim, mesmo que não tenha sido rápida. Mal posso esperar para ler sua continuação!


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Pipocando Livros: The Vampire Diaries

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Pipocando livros é uma coluna semanal escrita por Lorena Rodrigues, que traz séries e filmes adaptados para as telinhas e telonas.



A série Diários de um Vampiro (The Vampire Diaries), transmitida pelo canal americano CW, é baseada nos livros da autora L.J. Smith e vem sendo a série mais amada atualmente por quase todos.
Na história, Elena é uma adolescente normal, que está meio depressiva depois de ter perdido os pais em um acidente de carro, ter que cuidar do irmão e ser sustentada por sua tia Jenna. Logo no primeiro dia de aula, se apaixona por Stefan, que descobre depois ser um vampiro. Ela sempre teve o apoio de suas amigas Bonnie e Caroline para tudo. Sem imaginar, Elena de envolverá em mundo místico onde existem seres que só viviam na imaginação de todos.
Apesar de não gostar muito da Elena (protagonista interpretada por Nina Dobrev) eu amo muito a história retratada. Outra coisa que também é muito boa é a trilha sonora do seriado, agrada a todos e as músicas conseguem se moldar perfeitamente no que está acontecendo.
Ao misturar vampiros, lobisomens, bruxas e fantasmas em um mesmo seriado, parece que L.J. Smith acertou em cheio! Mas acredito que parte desse sucesso também seja pela escolha de elenco, afinal, que adolescente não surtou depois de ver Ian Somehalder, Nina Dobrev e Paul Wesley na série?
A primeira temporada da série estreou na televisão americana pela emissora The CW no dia 10 de Setembro de 2009, a segunda temporada em 9 de setembro de 2012 estreou e a terceira em 15 de setembro de 2011 e a quarta está programada para outubro de 2012. 

Vale a pena assistir e se deliciar com o triângulo amoroso de Elena com os irmãos Salvatore.




A série de livros em que The Vampire Diaries foi baseada tem o mesmo nome e conta com os mesmos personagens, embora as histórias não sejam as mesmas contadas pela CW. No Brasil, é publicada pela Galera Records. A autora L.J Smith também teve outra série de livros adaptada para a tv, The Secret Circle, que foi cancelada após sua primeira temporada.


segunda-feira, 4 de junho de 2012

RESENHA: Um Amor Para Recordar

7 comentários

Nome: Um Amor Para Recordar
Autor: Nicholas Sparks
Editora: Novo Conceito
Páginas: 186
Links: Skoob
Comparando preços: Por R$19,80 na Saraiva

Sinopse: Cada mês de abril, quando o vento sopra do mar e se mistura com o perfume de violetas, Landon Carter recorda seu último ano na High Beaufort. Isso era 1958, e Landon já tinha namorado uma ou duas meninas. Ele sempre jurou que já tinha se apaixonado antes. Certamente a última pessoa na cidade que pensava em se apaixonar era Jamie Sullivan, a filha do pastor da Igreja Batista da cidade. A menina quieta que carregava sempre uma Bíblia com seus materiais escolares. Jamie parecia contente em viver num mundo diferente dos outros adolescentes. Ela cuidava de seu pai viúvo, salvava os animais machucados, e auxiliava o orfanato local. Nenhum menino havia a convidado para sair. Nem Landon havia sonhado com isso. Em seguida, uma reviravolta do destino fez de Jamie sua parceira para o baile, e a vida de Landon Carter nunca mais foi a mesma.


Eu juro que nunca assisti ao filme, provavelmente porque não é o tipo de história que eu goste, então pedi o livro de presente para uma amiga e ela me deu. Mas, assim como o filme, fiquei sem vontade alguma de ler o livro e deixei guardadinho numa caixa. Porém, numa tarde sem internet, resolvi que ia ler. Peguei-o e confesso que estava completamente entediada no Capítulo 1, porque eu percebi que era absurdamente diferente do que costumo ler.
Apesar de ter torcido o nariz, o livro me conquistou. A história de Landon e Jamie foi ótima de acompanhar, já que apesar de ser até um pouco clichê, é algo que lhe prende do começo ao fim. Ler a história contada pelo Landon foi outro ponto que me cativou muito, porque provavelmente a história pela Jamie seria aquilo que acontece em muitos livros: entediante e muitos elogios ao rapaz.
A história dos dois fez com que eu sorrisse no começo e chorasse do meio ao fim, em apenas 2 horas. Como Gabriel e o livro @mor, eu também me encantei pelos personagens secundários de Um Amor Para Recordar.  O pai da Jamie, por exemplo, tem um amor pela filha que fez com que eu ficasse encantada e idealizasse algo assim para mim.


“Aquele foi, lembro-me, o momento mais maravilhoso da minha vida.
Passaram-se já quarenta anos, e ainda me lembro de tudo o que aconteceu naquele dia. “Posso estar mais velho e sensato, posso ter vivido outra vida desde então, mas sei que quando, finalmente, chegar a minha vez, as recordações desse dia serão as imagens finais que flutuarão pela minha mente.” - Página 186.



O livro me surpreendeu muito e pretendo ler mais obras do Nicholas Sparks, já que essa é a primeira que eu leio. E já tenho em mente qual vai ser: Noites de Tormenta!


sexta-feira, 1 de junho de 2012

RESENHA: @mor

11 comentários
Nome: @mor
Autor: Daniel Glattauer
Editora: Suma de Letras
Páginas: 184
Links: Skoob
Comparando preços: por R$23,62 na Travessa

Sinopse: Num e-mail enviado por engano, começa um relacionamento virtual que testa as convicções de Leo Leike e Emmi Rother. Ela é casada; ele ainda está digerindo o fracasso de seu ultimo relacionamento - e nada como a curiosidade, instigada por frases bem-encadeadas numa caixa postal eletrônica, para que os dois se esqueçam dos obstáculos e sejam impelidos a marcarem um encontro. Mas a expectativa é uma faca de dois gumes, trazendo o medo do que a realidade não esteja à altura da fantasia.


Comecei a ler @mor com muitas expectativas. A blogosfera fala muito bem do livro, e não pude resistir quando o vi em uma livraria. É algo que conquista a todos não só pela simplicidade e beleza da capa, mas pela formatação muito bem feita das páginas, já que o livro é todo escrito em forma de e-mails.
De início, não gostei de nenhum dos personagens principais. Leo era como um velho rabugento e Emmi uma criança metida à sarcástica, mas minha visão mudou muito a partir da página 30. O relacionamento dos dois vai se tornando gostoso de se acompanhar, sem muitos clichês para atrapalhar a leitura. É impossível não torcer pelos dois com o passar das páginas, ou melhor, com o devorar das páginas.
Em pouco tempo, comecei a mudar minha opinião sobre os personagens. Leo se mostra um homem gentil e bem humorado, que tenta não se lembrar dos problemas que envolvem sua vida pessoal e de sua ex namorada. Emmi, por sua vez, torna-se aturável (embora seja chata sua obsessão pelos e-mails de Leo) e se mostra preocupada com as pessoas ao seu redor.
Sempre há uma passagem de tempo entre os e-mails, por isso tudo acontece tão rapidamente, o que torna o livro ainda mais gostoso de se ler. O autor não arrastou assuntos por muito tempo, sempre tinham um inicio, meio e fim. A afeição que Leo e Emmi criam um pelo outro também acontece bem rápido.


"Não Emmi, você não é uma qualquer. Se alguém não é uma qualquer, esse alguém é você. E não o é de forma alguma para mim. Para mim, você é como uma segunda voz dentro de mim, que me acompanha durante o dia a dia. Você fez do meu monólogo um diálogo." - Página 68.


Embora Emmi e Leo sejam ótimos personagens, são os secundários que me conquistaram. As história de Marlene, Mia e Bernhard são muito fortes e importantíssimas para o desenvolvimento do caso virtual dos protagonistas. É torturante ver o quanto Bernhard, marido de Emmi, sofre com a situação em que a esposa está. Novamente o autor soube encaixar muito bem cada detalhe em seus textos.


"Leo, vou lhe dizer uma coisa: acho que deveríamos parar com isso. Estou ficando dependente de você. Não posso esperar o dia inteiro para receber o e-mail de um homem que me vira as costas quando me encontra, que não quer me conhecer, que só quer e-mails de mim, que usa minhas palavras para criar a mulher que imagina, visto que ele sofre provavelmente até o fim do limite da dor com mulheres que ele de fato encontrou. Assim eu não posso continuar. Não tenho nenhuma satisfação com isso. Você entende isso, Leo?" - Página 57.


Um dos pontos altos do livro é que você não sabe como os personagens aparentam, a não ser por pequenos detalhes, como o número do pé. Isso lhe dá uma possibilidade enorme para cria-los em sua mente, do jeito que você quiser.
Sem dúvida alguma, @mor é uma história forte e madura. Não houveram arrependimentos na minha leitura,  terminei-o com vontade de quero mais.
Ah, e que maldade aquele "CONTINUA" no final do livro hein?